As operadoras do transporte coletivo fluminense anunciaram, há poucos dias, a renovação de seus compromissos ambientais com o Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea), tendo a meta o controle rigoroso das emissões de gases poluentes da frota em circulação em todo o Estado. Tal convênio prevê o monitoramento de 15 mil ônibus que circulam em mais de duas mil linhas municipais e intermunicipais. Esse acompanhamento é realizado em parceria com as autoridades ambientais desde 2007.
Uma equipe formada por mais de 30 técnicos realiza inspeções diárias nas empresas de ônibus, sendo que cada veículo é vistoriado e recebe um laudo técnico que avalia se a fumaça emitida está de acordo com as normas ambientais. Aqueles que são aprovados obtêm uma certificação que pode ser identificada pelos passageiros, o Selo Verde, um adesivo que atesta a conformidade ambiental e é colado no vidro dianteiro dos ônibus. O índice de aprovação da frota nas fiscalizações chega a mais de 99%, superando as metas estabelecidas.
Guilherme Wilson, gerente de Planejamento e Controle da Semove, entidade que representa 181 empresas de ônibus em todo o Estado, disse que o Selo Verde trouxe um benefício indiscutível para todos, que é o fim da fumaça preta nos ônibus. “O controle eficaz das emissões tornou o transporte por ônibus mais sustentável, contribuindo com o meio ambiente e a saúde pública. Foram quase dois milhões de toneladas de gás carbônico e material particulado que deixaram de ir para atmosfera. Ao longo dos anos, conseguimos construir um banco de dados sobre as emissões que permite a consulta ao histórico de medições da frota e contribuiu com as políticas públicas ambientais”, observou o especialista.
De acordo com a Semove, o gerenciamento do sistema tem apresentado resultados importantes não só para o setor de transporte, pois, além da maior eficiência na operação, com a redução do consumo de óleo diesel, o programa Selo Verde traz benefícios também para a população com a redução expressiva das emissões de poluentes ao longo dos últimos 17 anos. “De lá para cá, foram contabilizados resultados importantes que trazem benefícios para o meio ambiente e para a saúde dos moradores das áreas urbanas. Desde 2008, foram evitados o lançamento de 1,7 milhão de toneladas de gás carbônico e 38 mil toneladas de material particulado”, disse Guilherme.
Imagem – Divulgação
0 comentários