Com mais de 35 anos de atividades, a empresa mineira de turismo e fretamento, Rouxinol, tem se destacado no setor ao disponibilizar soluções personalizadas de rotas, desenvolvendo itinerários inteligentes, visando otimização e economia, com direcionamento do modal específico para cada cliente.
Para alcançar sucesso, ela promove treinamentos e qualificação aos seus colaboradores visando atender as necessidades de cada demanda solicitada. Para se ter ideia de suas iniciativas sobre valorização de seu quadro de profissionais, ela custeia, integralmente, cursos tecnólogos e de graduação em diversas áreas, sendo responsável pelo valor integral da mensalidade, sem nenhuma dedução, não sendo um projeto recente.
A revista AutoBus conversou com o seu diretor-presidente, Júlio Cezar Diniz, sobre o atual momento da empresa e como tem visto o mercado e suas particularidades num setor bem dinâmico e concorrido.
Revista AutoBus – Como está sendo 2024 para a Rouxinol e o setor de fretamento, como um todo?
Júlio Cezar Diniz – O transporte de fretamento, em 2024, tem enfrentado diversos desafios. Entre eles, podemos destacar a manutenção da qualidade nos serviços prestados, a necessidade de incorporar novas tecnologias e a adaptação às constantes mudanças do mercado.
AutoBus – Quais foram os principais desafios deste ano na categoria operada?
Júlio – A procura por mão de obra qualificada e a retenção dos motoristas que já estavam em nossa empresa foram os principais desafios deste ano.
Para enfrentar essas questões, implementamos programas de capacitação focados em temas essenciais, treinamentos como condução consciente, segurança no trânsito e uso responsável do celular durante o trabalho.
AutoBus – Como está sua carteira de clientes? A quem mais atende, a clientes eventuais ou contínuo?
Júlio – Nossa carteira de clientes é composta por empresas de diversos segmentos, com foco no fretamento contínuo. Dentro os diversos setores destacamos nossa presença no automotivo e alimentício.
AutoBus – O setor de fretamento oscila muito? Caso sim, como isso impacta em suas operações e como tem atuado para atenuar isso?
Júlio – Dependemos do sucesso dos nossos clientes para o nosso desenvolvimento, isto ficou claro com a pandemia, ocasião em que tivemos casos de incrementos com veículos sombras e reduções com o administrativo que foi para o home office.
Tudo isto impactou, significativamente, as operações, no tocante a escalas, otimização de frota e pessoal. Atuamos com aperfeiçoamento e tecnologia para o melhor aproveitamento de veículos e motoristas visando entregar o melhor custo-benefício para nossos contratantes.
AutoBus – Como se destaca perante a concorrência?
Júlio – Nestes 35 anos de existência buscamos, sempre, atrair profissionais que entendam o propósito da empresa e que estejam engajados para atender nossos clientes da melhor forma possível.
Estipulamos dois pilares de atendimento (Segurança e Pontualidade) e colocamos toda nossa equipe em prol de atingir os melhores níveis no mercado.
Apesar de termos estes pilares muito fortes, investimos de forma substancial para melhorá-los a cada dia, é verdade que internamente temos outros aspectos que atualmente vemos como primordial para a manutenção dos níveis de qualidade dos nossos serviços. Dessa maneira, estamos investindo, constantemente, em tecnologia, tanto em hardware e sistemas. De forma sucinta, seria Profissionais Qualificados, Atendimento (Segurança e Pontualidade) e Tecnologia.
AutoBus – E tecnologia é tudo?
Júlio – Também disponibilizamos para nossos clientes sistemas modernos de roteirização e otimização de linhas, visando menor tempo de trajeto e eficiência na execução dos serviços.
AutoBus – O que isso significa?
Júlio – Por meio do registro de mais de 1.500 rotas diferentes, conseguimos trazer com maior eficácia e segurança os trajetos otimizados. Vale ressaltar que, quando falamos em otimizar, é sempre levando em consideração as premissas dos clientes, tais como qual a distância o colaborador pode andar a pé até o ponto do fretado ou qual o tempo máximo de itinerário que será permitido. Por meio destes pré-requisitos, desenvolvemos uma rota que possa atender a maior quantidade de passageiros possível. A liberdade de modais de veículos (automóvel, van, micro e ônibus) que fornecemos também facilita alcançar ótimos resultados.
AutoBus – Que tipo de tecnologia usa e como funciona?
Júlio – Utilizamos uma tecnologia própria, MAXSIM. Primeiramente, o banco de dados de endereços é importado, separando por turno de trabalho, em que o sistema busca áreas de concentração para elaborar as rotas com uma melhor taxa de ocupação. Depois é realizada uma segunda análise com os passageiros que estão fora do raio de atendimento estipulado, buscando soluções para que ele possa chegar até o fretado.
Implementamos um Centro de Controle Operacional que monitora, em tempo integral, todo deslocamento para sanar qualquer eventualidade, tais como engarrafamentos, condições climáticas adversas, no sentido de fazer fluir e evitar atrasos nas chegadas às empresas clientes.
AutoBus – A Rouxinol renovou a frota, recentemente. Fale um pouco mais a respeito sobre essa aquisição, por favor.
Júlio – Historicamente temos renovado todo ano parte da frota. Este ano adquirimos 40 novos veículos, dotados de ar-condicionado, alguns com toalhete, conexão de internet Wi-Fi, carregadores USB etc. Entendemos assim estarmos oferecendo conforto, segurança e modernidade. Importante salientar que conquistamos um novo cliente na área alimentícia.
AutoBus – O que leva em consideração ao escolher determinado tipo de ônibus ou marca de chassi e carroçaria? As negociações são extensas?
Júlio – Desde o início da empresa, optamos pela marca Mercedes-Benz como fornecedora de chassis. Essa escolha visa garantir a padronização da nossa manutenção mecânica, contar com uma equipe especializada e reduzir custos com peças de fácil acesso. Em relação às carrocerias, a seleção varia conforme nossas necessidades específicas, valores e prazos de entrega. Essa flexibilidade nos permite atender melhor às demandas do mercado e otimizar nossos processos.
As negociações são prolongadas pelo aumento dos valores dos veículos, o que estende o processo, apesar do excelente relacionamento que mantemos com os fornecedores Mercedes-Benz, Comil e Marcopolo.
AutoBus – Como está o processo de ESG na administração da empresa? Quais os aspectos adotados e aplicados em sua gestão?
Júlio – A Rouxinol conta com políticas que tem como objetivo a preocupação com o meio ambiente, a responsabilidade social e princípios éticos em sua governança. As nossas certificações contribuem para esse processo, a ISO 14001 (Meio Ambiente), 45001 (Saúde e Segurança), 37001 (Antissuborno) e 37301 (Compliance).
AutoBus – Você é conhecido pelo gosto de preservar a história do transporte, mantendo veículos antigos em seu memorial. Parece que temos mais uma surpresa, com a reforma de um veículo antigo, com uma passagem histórica bem interessante, não é mesmo? Pode falar um pouco a respeito disso?
Júlio – Sim, é verdade! Sempre buscamos preservar a história do transporte e valorizar o legado dos veículos que marcaram época. Estamos finalizando a reforma de um veículo clássico, que tem uma passagem histórica muito significativa, vale uma matéria a parte.
Raio-X da frota e da empresa
Atualmente, conta com quase 700 colaboradores, cinco filiais, entre elas a de Jeceaba, Conselheiro Lafaiete, Raposos, Caeté e Sabará (todas em Minas Gerais).
São mais de 300 veículos na frota, entre ônibus, micros e vans e veículos de apoio. Essa diversidade em sua frota é justamente para atender os clientes de acordo com cada particularidade.
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