Cinco décadas de FETRONOR

A Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste contribui para o desenvolvimento e a modernização do transporte coletivo, atuando em prol de ações que garantam avanços para a mobilidade urbana e para o crescimento econômico

Durante a celebração de seus 50 anos, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Nordeste (FETRONOR) reforçou que o transporte público deve ser tratado como um serviço essencial garantido pelo poder público e que a expansão da tarifa zero é um avanço social que precisa ser ampliado. Para destacar sua comemoração, a entidade representativa realizou o evento “Caminhos do Futuro: Desafios e Oportunidades no Transporte de Passageiros”, reunindo empresários, especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil, com foco no Sistema de Transporte como instrumento de justiça social.

Entre os presentes estavam o ex-senador José Agripino Maia; o presidente da FIERN, Roberto Serquiz; o presidente da CNT, Vander Costa; Edmund Carvalho, presidente da NTU; o diretor da Fecomércio-RN, Laumir Barreto; o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado e a vice-prefeita de Parnamirim, Kátia Pires.

Para o presidente da FETRONOR e vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Eudo Laranjeiras, o transporte de passageiros, assim como saúde e educação, é essencial e deve ser acessível a todos, sendo que o setor deve ter a garantia de políticas públicas para atender à população como ela merece.  “Subsídio não é benefício para empresas, é um direito do cidadão. É por meio dele que se garante o acesso ao transporte de qualidade, promovendo inclusão, mobilidade e desenvolvimento”, afirmou.

Eudo Laranjeiras

Nessa mesma linha de raciocínio, Francisco Christovam, da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), comentou que 387 cidades brasileiras já oferecem algum tipo de subsídio ao transporte por ônibus. Além disso, do total informado, 145 já utilizam esse apoio para garantir tarifa zero à população, beneficiando. “Em 61% dos casos, a tarifa zero está presente em municípios com até 50 mil habitantes. Outras 251 cidades têm iniciativas de subsídio em andamento para ampliar o acesso ao transporte coletivo”, disse Christovam. No Brasil, 47% da população vive em cidades com algum tipo de apoio, que cobre em média 32% do custo do sistema.

A recuperação da demanda foi outro tema abordado durante o evento comemorativo. Segundo a pesquisa da CNT/NTU, entre os entrevistados que deixaram de usar ônibus como principal meio de transporte, 63,5% afirmaram que voltariam a utilizá-lo caso os problemas fossem resolvidos, mesmo pagando tarifas. Redução do valor da passagem, maior conforto e menor tempo de viagem são os principais fatores apontados como decisivos para esse retorno.

O público acompanhou, atentamente, as apresentações

Bruno Batista, consultor técnico da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e colunista da revista AutoBus, explanou sobre o tema da Descarbonização no Setor de Transportes, com foco no transporte urbano de passageiros por ônibus, abordando o uso de recursos disponíveis e o que determina a mudança para novas tecnologias. “O momento atual oferece alternativas energéticas promissoras, mas que ainda enfrentarão grandes desafios para se consolidar. O mais importante é contemplar simultaneamente os diversos fatores sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e de oferta de energia, para que a transição possa fazer sentido. Escolhas intempestivas e superficiais podem gerar fortes impactos negativos sobre a mobilidade da população”, salientou.

Dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), revelam que 85,7% das viagens em transporte coletivo são realizadas por ônibus. Em 2023, foram registradas 33,4 milhões de viagens diárias no país — número que deve crescer para 35,9 milhões em 2025. O setor movimenta, anualmente, cerca de R$ 63,6 bilhões.

Imagens – Divulgação

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