A gama de produtos e a própria marca Volare foram apresentadas em 1998, como estratégia de negócios da Marcopolo para o mercado de veículos de menor porte, visando atender pequenos grupos de passageiros. Com um produto adequado e eficiente, a marca gaúcha não demorou muito para se posicionar com destaque no segmento de transporte, fosse ele urbano, rodoviário e na modalidade de transfer.

Em relação ao transporte escolar, a fabricante de Caxias do Sul se inseriu em 2008 atendendo o programa federal, Caminho da Escola, com o modelo A6, numa configuração que privilegiava a mobilidade dos pequeninos rumo ao saber. Além disso, a marca, pouco tempo depois, lançou uma versão com rodado simples, chamado de A5, para atender um nicho em que as vans dominavam.

Sidnei Vargas, gerente-comercial da Volare, salientou que, num momento atual em que as diversas marcas fabricantes de veículos da linha Caminho da Escola divulgam seus expressivos números de fornecimento ao mercado, o nome Volare pode ser lembrado como protagonista no desenvolvimento de conceitos que beneficiaram o transporte por meio de modelos inovadores e específicos. “Na segunda metade da década de 2000, o nosso diretor Institucional, José Antonio Martins, com uma visão estratégica de negócios e após viagens aos Estados Unidos, vendo que o School Bus era parte da identidade norte-americana, ele entendeu que a Marcopolo deveria ter um modelo exclusivo de ônibus para o transporte escolar e que fosse um diferencial no mercado. Dessa maneira, acabamos desenvolvendo um produto dedicado e ideal ao Brasil e seus desafios. Assim surgiu o Volare Escolarbus”, explicou Vargas.

Sidnei Vargas – Nossos modelos de Volare se enquadram no conceito de sustentabilidade promovido pelo FNDE, com a tecnologia da eletricidade, tração híbrida e com motor a gás natural ou biometano

O primeiro pregão do Governo Federal, para o fornecimento de veículos com características para o transporte escolar, dentro do Programa Caminho da Escola (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE), aconteceu em fins de 2007, sendo que as primeiras unidades foram entregues em 2008 para muitas cidades. Para Vargas, desde então, as versões produzidas pela Volare tiveram participação significativa em todos os pregões de compra e fornecimento de ônibus ao segmento. “O próprio conceito Volare já foi importante para atender esse programa. Contudo, nosso protagonismo vai além de uma configuração específica, sempre apresentando inovações que aumentaram o desempenho, a segurança e a acessibilidade dos veículos. Houve uma enorme evolução que só beneficiou o transporte dos alunos”, ressaltou o executivo.

Aliás, esse protagonismo alcançado pela fabricante de Caxias do Sul representa um avanço tecnológico para os veículos que realizam o transporte escolar. Vargas salientou que esse processo de evolução levou em consideração muitos aspectos envolvidos com modelos de micro-ônibus capazes de promover os melhores serviços. “Começamos com a introdução da versão 4×4 para atender as aplicações mais severas. Hoje, somos a única marca que oferece esse tipo de chassi ao programa federal. Além disso, em termos de acessibilidade, dispomos da versão Access, com piso baixo, numa configuração que adota o motor traseiro e a melhor acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. Para isso, chamamos a Agrale, que é nossa parceira desde sempre, para desenvolver um chassi específico ao nosso projeto. E agora, nesse último pregão que participamos, fomos a única fabricante a oferecer modelos com transmissão automática para melhor desempenho operacional. Posso lhe dizer que tem sido um sucesso no mercado”, afirmou o gerente da Volare.

A evolução do concerto Volare escolar Bus pode ser vista no modelo Access, com piso baixo, motor traseiro e transmissão automática

O fato de a transmissão automática proporcionar uma performance diferenciada aos veículos tende a ter maior participação nos próximos pregões do programa, observou Vargas, pois a modernidade do transporte tem exigido um pacote tecnológico composto de segurança e conforto capaz de proporcionar a reduzida manutenção dos veículos e uma condução cômoda e eficaz.

Quanto ao mercado, a Volare participou da fase 12 do Programa Caminho da Escola com a participação de 2.120 unidades num universo arredondado de 16 mil veículos, com o edital publicado no final de 2023 e os fornecimentos realizados no ano seguinte. “Desse total, entregamos 1.129 veículos nas configurações 4×4, versões com piso normal e piso baixo e com a transmissão automática. Em 2025, até o mês de maio, do saldo restante da ata, fornecemos 270 unidades”, explicou Vargas.

A primeira versão do Volare escolar

Quanto a transição energética voltada para os modelos do transporte escolar, o gerente da Volare ressaltou que as propulsões limpas e de menor impacto ambiental estão no radar da empresa para atender o Caminho da Escola sustentável, com as versões que a fabricante já desenvolveu. “Nossos modelos de Volare se enquadram no conceito de sustentabilidade promovido pelo FNDE, com a tecnologia da eletricidade, tração híbrida e com motor a gás natural ou biometano. Mais uma vez reforçamos nosso protagonismo no setor ao investirmos em veículos sustentáveis”, concluiu Vargas.

Imagens – Divulgação