Com uma longa carreira no segmento de transporte coletivo urbano, o engenheiro Francisco Christovam se transformou num causídico da área, desde que passou a se envolver com o tema e com outro engenheiro, Adriano Murgel Branco, o pai do trólebus de terceira geração desenvolvido no Brasil, num processo que objetivou a modernização de um sistema com potencial para a redução significativa das emissões poluentes e que, hoje, está a perigo de ser continuado na cidade de São Paulo. Isso tudo entre o final da década de 1970 e início da de 1980.

Christovam alcançou um lugar de destaque em sua trajetória, estando nos dois lados da operação dos ônibus em São Paulo – gestão e operação pública e operação privada. Isso contribuiu para se tornasse uma personalidade requisitada, sendo que, atualmente, é o diretor-executivo da NTU, Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos.

E, a escrita sempre lhe acompanhou, uma herança dos tempos de convívio com Adriano Branco, que sempre lhe pedia para colocar no papel algum artigo sobre determinado assunto. “Adriano tinha o hábito e uma facilidade tremenda para escrever. Costumávamos brincar que ele não pensava com a cabeça, mas sim com a mão, tal o fato de escrever. E, como meu chefe, me desafiava a escrever sobre determinados temas. Não era fácil, mas, fui ganhando gosto por isso. Meus artigos sempre foram para participar de eventos técnicos. Hoje, tenho que conciliar minhas opiniões e a da entidade que represento, por intermédio de textos que pautam diversos assuntos relacionados com a mobilidade e com o transporte coletivo”, explicou Christovam.

Sob a batuta de Christovam, o tema do transporte público ganha relevância em suas palavras

Seu livro, chamado de Transporte Urbano, Origens e Destino, reúne uma coletânea de artigos, num universo de mais de 100, escritos pelo engenheiro com ênfase para alguns dos mais importantes acontecimentos e criação de conceitos. “Destaco em minha obra alguns temas e serviços que fizeram e fazem parte da história do sistema paulistano de transporte coletivo. E, tenho orgulho de poder dizer que minha atuação frente ao setor foi registrada e está aberta para quem quiser conhecer”, relatou Christovam.

Outro detalhe do autor da obra é que nunca se filiou à partido político, apesar de trabalhado com diversos prefeitos paulistanos em mais de 40 anos de carreira.

Nota deste editor – Participo do conteúdo do livro do Francisco Christovam com um depoimento onde destaco o importante papel desse engenheiro que nunca deixou de defender o modal ônibus e sua essencialidade para alcançarmos um desenvolvimento urbano consistente e saudável.

Imagens – Divulgação