Sob o controle da tecnologia

O monitoramento operacional por meio de câmeras é o mote do Grupo Guanabara para aumentar a segurança em seus ônibus

Atuar em diversas regiões brasileiras, rodar por rodovias que alternam características estruturais e com condições de preservação e manutenção, além da competitividade de mercado que, em muitos casos, não leva em consideração as regras básicas de segurança e conforto. Para muitas empresas que prestam o transporte rodoviário de passageiros isso é uma rotina, num Brasil cheio de desigualdades e desafios que obrigam as operadoras a adotarem medidas e ações que reforçam a qualificação de seus serviços.

Nesse contexto, o monitoramento das viagens tem espaço garantido com o uso da tecnologia que acompanha a evolução do setor. Atento à esses detalhes, o Grupo Guanabara (Expresso, Rápido Federal, ÚTIL, Brisa, Sampaio e Guanabara), vem investindo na implementação de um sistema de câmeras inteligentes para monitorar, em tempo real, a sua frota.

Para o Grupo, a ferramenta pode ser descrita como um “copiloto digital”, um passo significativo para aprimorar a segurança em suas viagens pelo País. Para esse monitoramento, a operação conta com duas Torres de Monitoramento e Segurança, estrategicamente instaladas nas regiões Nordeste e Sudeste, permitindo o acompanhamento integral das viagens em todas as cinco regiões do Brasil.

Ao lançar mão de recursos tecnológicos embarcados e de gestão a distância, o Grupo Guanabara quer, ao máximo, prevenir acidentes. Para isso, utiliza sensores de fadiga e distração que emitem alertas imediatos para os motoristas e para a central de monitoramento. Outrossim, é possível a identificação de comportamentos de risco, como frenagens bruscas e desvios de rota, possibilitando intervenções rápidas.

Também, segundo o Grupo, além dos benefícios diretos para a segurança dos passageiros, o projeto promove a condução ecológica, reduzindo o consumo de combustível e otimizando o desempenho dos veículos, alinhando-se à sua agenda ESG. “Na visão da Guanabara, a capacidade de aliar a tecnologia à qualificação do condutor fará toda a diferença na segurança das viagens. Essa dobradinha de sucesso nos permite otimizar o investimento em monitoramento e, ao mesmo tempo, coletar dados sobre a condução e a viagem de uma forma que nunca antes foi possível”, disse Letícia Pineschi, diretora do Grupo Guanabara.

Atualmente, 500 veículos de sua frota já são monitorados e a meta é expandir o uso da tecnologia para 100% dos seus ônibus, estando integrados às torres de controle até a primeira metade de 2026.

A visão do sistema

Para Willian da Silva Oliveira, diretor-executivo da MPlan, empresa desenvolvedora de sistemas e ferramentas digitais e especializada nas áreas de planejamento, otimização de recursos e gestão logística operacional, o investimento nesse recurso de torre de monitoramento alcança níveis elevados de segurança. “Nossa torre de controle utiliza um software próprio que atua em anexo a telemetria, ao bafômetro e as câmeras de fadiga com inteligência artificial instaladas nos veículos. Com isso, conseguimos ter um maior monitoramento da operação e das condições preparatórias e do comportamento dos motoristas, sempre buscando evitar as ocorrências negativas durante as viagens”, disse Oliveira.

A MPlan começou sua jornada tecnológica no setor aéreo, há mais de 20 anos, realizando a gestão de ativos. Já no segmento rodoviário, ela está presente há oito anos, desenvolvendo sistema e software para a otimização de frota e recursos, além de uma gestão completa da operação, como planos de escala dos condutores, de manutenção e da observância sobre as rotas. “Temos como clientes grandes operadores rodoviários que acreditaram em nossas ferramentas visando rentabilidade e produtividade comercial. Hoje, a otimização é a peça-chave para o sucesso operacional”, disse Willian.

No quesito câmeras com inteligência artificial, o diretor da MPlan disse que o conceito está começando e que tende a estar presente em maior número na operação do transporte visando eficiência e próprio serviço com maior segurança. “Com a nossa tecnologia buscamos zerar os acidentes e garantir viagens mais tranquilas. Para isso, usamos a sinergia dos conceitos que promovemos na gestão operacional. E o mercado rodoviário pode tirar muito proveito dessas ferramentas, com investimentos que não são altos, mas que trazem benefícios. Nós da MPlan contribuímos com soluções e orientações voltadas para implantação dos sistemas de segurança. Vejo que o mercado está atento e que vale o investimento para se obter segurança”, observou Willian.

Perguntado sobre riscos do manuseio negativo e intencional do sistema por meio de ações que objetivam o desligamento do mesmo, o executivo da MPlan afirmou que isso não é possível, pois a tecnologia informa à torre de controle qualquer violação dos equipamentos ou tentativas de burlar a ferramenta. No tocante ao sinal utilizado para as transmissões, a internet 4G e 5G é a responsável por enviar todas as informações captadas durante as viagens.

Imagem – Divulgação

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