Para a Cummins, as rotas de descarbonização são múltiplas

Fabricante de motores ressalta suas propostas voltadas à mobilidade sustentável, políticas públicas e biocombustíveis avançados

Durante a COP30, a Cummins participou do evento no estande da Coalizão do Biodiesel, que promoveu debates oficiais sobre mobilidade sustentável, transição justa e políticas públicas de baixo carbono. A fabricante destacou o projeto sobre aceleração da adoção do HVO (Hydrotreated Vegetable Oil), conhecido como diesel verde, desenvolvido com parceiros.

Nesse contexto, a marca apresentou um estudo intitulado “Mobilidade Rodoviária Sustentável”, que analisa o potencial do HVO como combustível renovável, capaz de reduzir até 60% das emissões de CO₂ sem necessidade de adaptação de frota, e mapeia fatores técnicos, regulatórios e econômicos que influenciam a adoção do HVO no Brasil. De acordo com a empresa que é uma referência em motores de combustão interna, o trabalho traz análises que mostram que o combustível oferece vantagens ambientais e operacionais relevantes, como maior eficiência de combustão, redução de até 8% no consumo de combustível e ampliação dos intervalos de manutenção, além de poder ser utilizado na frota atual e na cadeia de abastecimento já existente.

A Cummins reforça as localidades que implementaram políticas de incentivo, como a Califórnia (EUA), que já registram paridade de preços entre o diesel verde e o diesel fóssil, evidenciando que a competitividade depende diretamente de estímulos regulatórios adequados. No Brasil, o programa Combustível do Futuro prevê atualmente até 3% de mistura voluntária de HVO, o que ainda limita a expansão do produto em escala industrial. “A COP30 é um marco para o Brasil e um momento estratégico para o mundo discutir caminhos concretos de descarbonização. Para a Cummins, participar desse diálogo é valorizar o potencial da matriz energética brasileira e fortalecer parcerias que impulsionem soluções de baixo carbono”, disse Luciana Giles, diretora de Comunicação e Relações Governamentais da Cummins América Latina.

Motores de combustão interna ainda com muitos anos de vida pela frente

Ela afirmou que o HVO é uma solução concreta e plenamente compatível com a realidade do transporte brasileiro, permitindo reduzir emissões de forma imediata, sem necessidade de retrofit. “O desafio agora é criar políticas públicas e condições de mercado que estimulem sua produção e consumo em larga escala. As propostas se inspiram no legado do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), criado há cinco décadas, que transformou o papel do biocombustível na matriz energética brasileira”, explicou a diretora.

Imagens – Divulgação

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