50 anos em família

A mais expressiva transportadora rodoviária de passageiros do Peru comemora suas cinco décadas de atividades, consolidando sua presença cada vez mais naquele mercado

José Juan Ciccia, diretor comercial da Turismo CIVA, a mais importante operadora de ônibus rodoviário do Peru, herdou do seu pai, o fundador da empresa, Miguel Segundo Ciccia Vasquez, a determinação pelos negócios. No comando da transportadora, José Juan reúne os atributos da administração focada no bem-estar das pessoas e na inovação tecnológica para a otimizar as operações. Corredor de montanha, de mountain bike e maratonista, ele sempre busca se superar, com toda a atenção e sem perder a resistência frente aos obstáculos. “Assim como no esporte, quando o cansaço e os pensamentos negativos surgem durante as provas, não podemos desanimar quando as dificuldades aparecem em nossas vidas”, observou o diretor.

Se hoje a CIVA é um exemplo no transporte rodoviário, é preciso retornar ao começo da década de 1970, quando então Miguel Segundo Ciccia inicia essa jornada. Não foi nada fácil, diga-se de passagem, sobre os aspectos operacionais que Ciccia Vasquez enfrentou no decorrer dos anos para ver sua empresa se expandir. Cada trajeto foi um desafio. Entre os anos de 1980 e 1990, o Peru contava com uma rede de estradas sem pavimentos, muitas em estado deplorável, e o terrorismo era um mal latente, fatores que não desanimaram o empreendedor em busca de sua glória. “Meu pai era cantor, artista plástico e ainda foi político. Dele herdei sua humildade e paixão por fazer as coisas que tinha em mente”, disse José Juan.

Uma das características de Ciccia Vasquez era, desde o princípio de sua empresa, de adquirir unidades modernas de ônibus que contribuíram para o desenvolvimento das comunicações regionais peruanas. Nesse sentido, a CIVA (iniciais de Ciccia Vasquez) é uma grande cliente das fabricantes brasileiras de ônibus, (carroçarias e chassis) sempre investindo em modelos de última geração, equipados com componentes que proporcionam um maior nível de conforto e segurança durante as viagens. “Hoje, nossa estrutura é composta por 320 ônibus e 1.200 trabalhadores, atuando em mais de 61 destinos em todo o Peru. Em termos de operação, nossas rotas interprovinciais estão operando 30% abaixo do que estávamos antes da pandemia. Continuamos com os três serviços EXCLUCIVA, SUPERCIVA e ECONOCIVA plus disponibilizados para nossos clientes”, ressaltou José Juan. Tais serviços disponibilizam total atenção para com os passageiros, sempre oferecendo uma série de itens e comodidades durante as viagens.

E a respeito sobre os valores que imprime na área de recursos humanos, o diretor da transportadora ressalta que, há um trabalho em equipe e lealdade, com organização e união. “No caso dos condutores, o seu descanso é fundamental e implementamos nas localidades onde atuamos áreas reservadas que proporcionam um bom descanso. Já em nossas bases, disponibilizamos academia e atividades físicas para eles. Ainda, por sermos uma empresa familiar, temos uma relação mais direta e próxima com os nossos colaboradores de qualquer nível, quando então podemos trocar experiências e ouvir sugestões sobre cada departamento que temos”.

Em termos de governança interna, com garantia para poder estar em conformidade com a segurança, a Turismo Civa, há alguns anos, vem padronizando os processos de gestão e a melhoria contínua em seus serviços. “Isso tem sido nosso melhor aliado para nos adaptarmos às necessidades dos passageiros, mesmo agora em uma pandemia. A segurança sempre priorizada em tudo o que fazemos e agora ressaltamos a biossegurança para manter nossa frota e os terminais rodoviário limpos e esterilizados”, comentou o diretor.

Em 2006, Miguel Segundo falece. Para José Juan, a vida, a partir daquele momento, lhe provocara com a necessidade de assumir a responsabilidade sobre uma empresa de grande porte e que não poderia parar. “Há muitas coisas que a experiência lhe ensina. Porém, acredito que a importância de ter a empresa em ordem e com responsabilidades e ter um conselho rápido para tomar decisões difíceis em pouco tempo, faz da boa comunicação uma das coisas mais importantes sobre o que ela deve ter. A morte do meu pai me pegou de surpresa, não imaginava que ele estivesse nos deixando e a verdade era que eu não estava preparado de forma alguma. Porém, junto com meu tio e meus primos, que tomaram as rédeas, fomos aprendendo juntos. Entrar totalmente no negócio possibilitou que eu me adaptasse e entendesse mais sobre suas peculiaridades. Porém, o fato de meu pai sempre me levar para trabalhar, desde pequeno, crescendo rodeado de passageiros, ônibus e mecânicos, fez com que as relações comerciais ficassem no meu DNA e me ajudou muito no crescimento”, disse.

E quanto a política ambiental adotada na empresa, quais são as ações que mais se destacam? José Juan contou que, em relação ao meio ambiente, as oficinas realizam a reciclagem e o bom gerenciamento dos óleos, bem como da sucata que é gerada por peças de reposição inoperantes. “Junto com os encarroçadores, a CIVA foi a primeira empresa a conseguir usar a água gerada pela condensação dos condicionadores de ar, para ser utilizada em limpadores de para-brisa e nos sanitários dos ônibus. Este ano, a CIVA, juntamente com a mineradora Miski Mayo, colocará em operação os primeiros ônibus 100% elétricos do Peru para o transporte de pessoas”, revelou.

Miguel Ciccia Vasquez e José Juan Ciccia, pai e filho, duas gerações no comando da CIVA

Durante a pandemia, algumas iniciativas foram colocadas em prática, como a adaptação à novos negócios, com o desenvolvimento do próprio esterilizador UV para limpeza interna de nossos ônibus (www.civauv.com). “Não fomos apenas a primeira transportadora a implementá-lo, mas também o elaboramos em oficinas próprias e fomos a primeira empresa em todos os setores que apostou nisso. Outra oportunidade que estamos explorando é o transporte de trabalhadores, já que nosso ramo de negócios sempre foi o das viagens de longa distância. No entanto, hoje temos uma carteira de clientes corporativos que alugam nossos ônibus para transportarem seus colaboradores”, afirmou José Juan.

Sobre a significativa data de celebração dos 50 anos, o diretor enfatizou que é extremamente importante festejar as cinco décadas quando o Peru completa seus 200 anos de independência. “Isso expressa que o sonho do fundador de unir todo o Peru está se consolidando cada vez mais. É algo que pode ser visto na empresa, no quadro de funcionários e no patrimônio que conseguimos unir nestes 50 anos de história da CIVA”, concluiu.

Imagens – Marcopolo e Civa

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