Um dos mais conservadores meios de transporte coletivo está se abrindo para a utilização da tecnologia na hora de se pagar as passagens. A modalidade já é uma realidade no metrô e sistema de barcas do Rio de Janeiro, São Paulo (piloto em 200 ônibus), Jundiaí, Curitiba e Londrina, entre outras cidades do Brasil. As experiências têm sido positivas.
A região metropolitana de Goiânia, em Goiás, que engloba 19 cidades com população de 2,6 milhões de habitantes, tem um grande exemplo sobre isso, com o projeto mais ousado até então. Só que o novo sistema, que envolve cerca de 1.000 ônibus e 21 terminais de integração na Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), é o primeiro formato do gênero no País e o maior do setor na América Latina, já apresentando resultados surpreendentes em menos de três meses de implantação.
Para a RedeMob Consórcio (empresa responsável pela operação do sistema), o resultado já se mostra positivo e atrativo. “A expectativa do RedeMob Consórcio era que 1% da demanda do serviço aderisse à nova forma de pagamento EMV (tecnologia de aproximação) quando de 6 meses da implantação. No entanto, um mês depois do lançamento do produto, já se registrava uma adesão de 2,9% da demanda total do serviço na época. Agora, no terceiro mês de implantação já registramos 4,24% da demanda total atual do serviço. Sendo que, aos finais de semana, essa relação chega à 5,1% da demanda total. Acreditamos que esta solução tenha potencial para alcançar na nossa região 10% da demanda total do transporte coletivo até o final de 2022”, afirmou o diretor-executivo do RedeMob, Leomar Avelino.
Atualmente, o setor de transporte público coletivo no Brasil ainda convive com uma queda de 30% em sua demanda quando comparado com os números de antes da pandemia. No entanto, o RedeMob Consórcio está atento às pesquisas e perspectivas para esse mercado em todo o mundo e acredita na recuperação do volume de validações, no decorrer dos anos seguintes, com o fim das medidas restritivas e, também, na conveniência do pagamento com cartão de crédito e débito por aproximação, ou EMV.
Acredita-se que a demanda do produto EMV na Rede Metropolitana de Goiânia representará cerca de 7% da demanda total até junho de 2022, mais de meio milhão de transações/mês, podendo chegar a um milhão de transações/mês até o final de 2022, algo notório no segmento de transporte público coletivo na América Latina. “Todos os atores envolvidos: RedeMob Consórcio, Prodata, Cielo, Master Card, Visa e Elo, os bancos em geral, precisam alinhar uma visão única desta solução chamada EMV, já implantada na Rede Metropolitana de Transporte Coletivo da grande Goiânia. Esta visão deve integrar as partes em prol de algo comum, assim como possibilitar um processo efetivo de gestão, de modo a garantir o sucesso do projeto EMV na nossa região e contribuir com sua expansão no Brasil”, concluiu Leomar Avelino.
Imagem – Divulgação
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