A Abrati – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros – reforçou a importância de ações para o combate ao transporte irregular de passageiros, durante a Semana Nacional do Trânsito (19 a 25 de setembro). Em sua visão, os perigos do transporte clandestino começam por quem dirige veículos não autorizados pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Esse tipo de transporte utiliza, muitas vezes, de motorista que não tem treinamento para dirigir ônibus ou para guiar à noite ou mesmo em grandes distâncias. Além disso, veículos com idade avançada e sem manutenção estão presentes no cotidiano dos serviços irregulares. “Toda essa irresponsabilidade não apenas coloca em risco a vida de milhares de passageiros em todo o Brasil, mas também ameaça a vida de outros viajantes em circulação pelas rodovias”, afirmo Letícia Pineschi, porta-voz e conselheira da Abrati.
Hoje, o setor do transporte regular promove padrões de treinamentos rigorosos, testes toxicológicos contínuos e alojamentos para descanso de seus motoristas. 12% do valor gasto com a folha de pagamento dos condutores é destinado à capacitação e treinamento desses profissionais. Em pesquisa realizada pela associação no mês de junho passado, com as suas associadas, houve uma avaliação positiva dos passageiros em relação a esses profissionais: 42% classificam que o comportamento do motorista é ótimo, 30% muito bom e 26% bom. Além disso, a segurança nas viagens ofertadas pelas empresas regulares do setor é avaliada como ótima para 39% dos entrevistados, 27% como muito boa e 33% como boa. Ou seja, 99% estão satisfeitos com a segurança prestada nas viagens. “Os serviços clandestinos costumam oferecer aos passageiros um atrativo: o preço mais baixo em relação ao transporte regular. Mas a vantagem é só uma ilusão. A tarifa não leva em conta a ausência de descanso, a deficiência de exames toxicológicos e até mesmo a falta da carteira nacional de habilitação dos motoristas. Além de todos esses riscos, existe também o abandono dos passageiros à própria sorte, quando a fiscalização efetua interrupções de viagens clandestinas compradas por meio de aplicativos que vendem os serviços intitulados como “fretamentos colaborativos, que na realidade são empresas não autorizadas ao transporte público operando à margem da legalidade”, explicou Letícia.
A entidade enfatiza que os passageiros devem procurar por empresas regulares do setor rodoviário para fazer uma viagem com tranquilidade e segurança. “É fundamental que o usuário esteja atento para utilizar o transporte regular. Ele segue regras, as empresas são fiscalizadas e vistoriadas frequentemente, pagam tributos, cumprem as leis e normas trabalhistas, oferecem benefícios aos motoristas e ainda arcam com custos de manutenção e seguro-acidente. Uma boa viagem começa pela escolha segura, confortável e confiável de uma empresa legalizada”, concluiu a representante da Abrati.
Imagem – Divulgação
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