WC, sanitário ou banheiro? Esses termos foram, e ainda são, ressaltados nos ônibus rodoviários que cumprem a jornada dos serviços regulares, bem como na operação turística. Ao longo dos anos, houve uma significativa evolução desse espaço que permite mais comodidade aos passageiros nas viagens.
No contexto histórico, os registros mostram que foi o Expresso Minuano, operadora gaúcha, a primeira empresa a implantar o WC (com um padrão bem simples) em ônibus Eliziário/Scania, isso em 1959. Porém, foi na década de 1970 que o aspecto ganhou força com o maior uso nas carroçarias.
A encarroçadora de Caxias do Sul, Marcopolo, também esteve presente como uma das pioneiras na colocação do sanitário em suas carroçarias, com o modelo Monogram, à prova de vazamentos, então uma novidade para a época, equipamento usado em aviões intercontinentais.
Ele utilizava água (14 litros) e o desinfetante DG-19, que agia na diluição dos detritos, eliminando os odores. Sua ação, recirculante, podia ser repetida 130 vezes até a substituição da água. A Marcopolo produzia seu WC sob licença da empresa norte-americana Monogram Industries.
Outra empresa brasileira a produzir o gabinete sanitário para os ônibus foi a Karmann-Ghia, também durante os anos de 1970, com um modelo aprovado pelo extinto órgão federal DNER. Com comprimento de 1,10 metros, altura máxima de 1,80 metros e largura de 0,76 metros, podia ser facilmente instalado na carroçaria. Ele possuía reservatório com capacidade para 70 litros e tanque de água servida para 80 litros, localizados no compartimento do motor, lavatório, espelho, saboneteira e lixeira. A estrutura do mesmo utilizava fibra de vidro e laminados laváveis, a prova de corrosão, e a circulação do ar se dava pela janela ou por exaustor elétrico.
Hoje, as encarroçadoras brasileiras desenvolvem os mais modernos modelos de WC, com configurações e acabamentos inovadores, ergonomicamente projetados para o maior conforto dos passageiros e adequados para as severas operações no cotidiano do transporte.
Imagens – Acervo Anfavea, Acervo Dorival Piccoli e Reprodução Internet
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