O Governo de Goiás e as prefeituras das cidades da área metropolitana da capital, Goiânia, apresentaram detalhes das obras e melhorias do transporte coletivo local. O projeto da Nova RMTC (Região Metropolitana de Transportes Coletivos) contempla investimentos na ordem de R$ 1,6 bilhão em três anos. De início, serão revitalizadas 19 estações e 6 terminais do Eixo Anhanguera, referência do sistema que há muito tempo exigia reformas. Outro detalhe é que a frota do sistema será totalmente renovada até 2026.
O Eixo Anhanguera foi um dos primeiros sistemas de BRT (Trânsito Rápido de Ônibus) do Brasil, sendo fundamental para o desenvolvimento de Goiânia. De acordo com o Governo Goiano, a primeira fase do projeto já está em execução, com o início da reforma das estações de embarque do Eixo Anhanguera pela Estação do Hemocentro. O próximo passo, de acordo com o cronograma, será a reforma do Terminal Novo Mundo, prevista para o dia 29 de janeiro. A conclusão total da revitalização do eixo deve acontecer até dezembro de 2024.
Quanto aos abrigos comuns para passageiros, serão reformados 510 unidades e a conservação de outros 685 pontos de parada. Ainda assim, serão sinalizados 690 pontos de parada, sendo que outros 1.157 pontos serão munidos com identificação e QR Code para oferecer orientações em tempo real para um melhor planejamento das viagens do transporte público coletivo, onde o passageiro pode ter acesso aos horários de chegada dos ônibus daquele ponto de ônibus.
A instituição de um Novo Plano Operacional (NPO) contemplará todos os estudos técnicos de transporte para dimensionar a quantidade e tipologia da frota e a quantidade de viagens, itens essenciais para estabelecer um novo padrão para o serviço. Segundo os planejadores públicos, esses estudos envolverão análise de origem-destino para propor alterações na rede de linhas, além de intervenções na infraestrutura e priorização do transporte público coletivo na circulação viária na Região Metropolitana de Goiânia, tendo como objetivo a redução do tempo das viagens.
Sobre a renovação da frota, a modernização da mesma é o principal foco da nova RMTC para poder proporcionar um novo modelo de transporte ao seu público, com veículos de última geração e com tração mais limpa. Com isso, 1.020 veículos a diesel, 83 articulados elétricos e 67 superpadron elétricos entrarão em operação até 2026. De início, serão colocados em operação 122 veículos convencionais Euro VI; 60 unidades com 15 metros de comprimento, também a diesel Euro VI, e 18 ônibus elétricos da fase piloto.
O sistema de BRT (Trânsito Rápido de Ônibus) local incluirá dois novos corredores – Leste-Oeste e Norte-Sul, um passo importante na transformação da região metropolitana que irá promover mais conforto, menor tempo de viagem e espera para o passageiro.
A segurança é outro ponto fundamental nessa nova fase do sistema de transporte coletivo. A integração dos aplicativos Mulher Segura e SimRMTC visa ampliar a segurança das mulheres que utilizam o transporte público coletivo em Goiânia e região metropolitana. O aplicativo SimRMTC, que já conta com mais de 327 mil downloads e mais de 4 milhões de acessos por mês, passa agora a ser integrado com o aplicativo Mulher Segura.
Segundo informações do governo goiano, a integração permite que as usuárias do sistema tenham acesso direto aos serviços oferecidos pela Segurança Pública do Estado de Goiás, como localização e telefones de batalhões e delegacias mais próximas, registro de ocorrências direto com a Polícia Militar, por meio da comunicação com o atendente, e viatura via chat.
Câmeras de vigilância (6.560), canais de denúncia e acesso fácil à informação permitirão uma integração com a Central de Segurança do Transporte, sendo que todo esse aparato vai dar agilidade à ação policial na garantia da segurança. Também será implantado um sistema de reconhecimento facial em toda RMTC.
Miguel Pricinote, subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte do Governo de Goiás, disse que o projeto da Nova RMTC apresenta uma nova forma do poder público em utilizar o subsídio para melhoria dos serviços de transportes, não só reduzindo o valor da tarifa paga pelos usuários, mas, sim, fornecer outros benefícios para dar mais dignidade ao serviço, como a expansão e a melhoria da rede de transporte público, aumentando a oferta, a qualidade e a segurança operacional. “O subsídio, também, pode incentivar a adoção de tecnologias mais modernas e sustentáveis, como veículos elétricos e sistemas inteligentes de gestão e controle. Outro detalhe é a possibilidade da renovação dos veículos do transporte público, garantindo que eles atendam aos padrões de conforto, eficiência e emissões. Além disso, a renovação da frota, também, pode contribuir para a redução dos custos de manutenção e operação, bem como para a satisfação dos usuários. Valorizar o transporte público, como um direito social e um bem público, deve ser garantido pelo Estado e pela sociedade”, explicou.
Imagens – Perspectiva ilustrativa
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