Para a Volvo, 2023 foi um ano de significativo crescimento

A retomada das viagens rodoviárias deram ânimo ao setor produtivo

Apesar de um crescimento total de 6,4%, em 2023, no mercado brasileiro em comparação ao ano anterior, o que importou mesmo, para a Volvo Buses Latin America, foi a sua expansão no segmento rodoviário, que alcançou 60%. Além do Brasil, que representou 55% das vendas na América Latina, outros destaques na região foram o Chile e Peru, que juntos participaram em 30% das 1.275 entregas de ônibus Volvo no continente.

No mundo, a marca teve uma mudança de negócios, precisamente no mercado europeu, em que deixou de produzir veículos integrais (completos), para se concentrar, apenas, na fabricação de chassis, formando parcerias com as empresas MCV, do Egito, e Sunsundegui, da Espanha, para o encarroçamento dos modelos urbanos e rodoviários. Em termos de volumes, foram entregues 5.773 unidades durante o ano que passou.

Por aqui, os negócios foram expressivos. André Marques, presidente da Volvo Buses Latin America, disse que 2023 foi um ano histórico, com excelentes resultados no mercado brasileiro. “Comercializamos 700 unidades no ano passado. Destaco os 60% de crescimento vindo do setor rodoviário, fruto do reconhecimento aos atributos nos nossos novos chassis rodoviários Euro VI, altamente tecnológicos. Além disso, a segurança é um outro aspecto que investimos demais, sempre preocupados em oferecer veículos de última geração”, afirmou.

Durante a coletiva de imprensa, o executivo, também, reforçou a presença da marca na eletrificação dos sistemas de transporte coletivo urbano, por meio de seu chassi BZL Elétrico, e que está sendo demonstrado pelo Brasil e já e produzido aqui. De acordo com a Volvo, seu modelo se destaca por sua alta eficiência energética, excelente tempo de recarga das baterias e grande disponibilidade, dentre outras características que estão sendo avaliadas. “As avaliações em diversas cidades brasileiras têm sido bem interessantes, mostrando todas as vantagens de nosso chassi BZL, que potencializa novos negócios para este ano”, observou André.

Contudo, o presidente da Volvo Buses AL ressaltou que o tema necessita levar em consideração outros itens envolvidos com a própria eletrificação, como no caso, a infraestrutura essencial para o abastecimento dos veículos elétricos. “A eletrificação da frota requer investimentos e planejamento que visem uma transição energética gradual, numa jornada que envolve soluções completas. Já temos a tecnologia veicular, comprovada e eficiente. Precisamos, sim, formar parcerias em todos os aspectos para a operação dos ônibus elétricos”, explicou Marques.

Além do Brasil, Chile e Colômbia irão ter avaliações do modelo elétrico a baterias dentro dos próximos dias.

Quanto ao mercado rodoviário, a montadora está confiante com o anúncio das associadas da Abrati que pretendem investir R$ 3.6 bilhões na renovação da frota, após o anúncio da publicação do Marco Regulatório que dá ao setor, mais segurança. Paulo Arabian, diretor Comercial da Volvo Buses LA, disse que o setor está necessitando dessa renovação em função de diversos aspectos, como o próprio envelhecimento da frota e dos investimentos para a modernização dos serviços. “Estamos olhando com bons olhos esse anúncio. A pandemia foi muito severa, o que causou o envelhecimento da frota, que prejudica toda a eficiência do setor, não entregando uma experiência de viagem à um passageiro cada vez mais exigente quanto ao nível de serviços. Além disso, os preços das passagens aéreas estão elevados, fazendo com que a procura pelas passagens rodoviárias cresça e o segmento turístico acompanhe esse fator. E, a própria situação econômica brasileira anima esses investimentos”, destacou o executivo.

Arabian, também, comentou que a Volvo está preparada para atender os operadores por meio de sua gama de chassis, considerada por ela a mais moderna do mercado, equipada com motores de 13 litros (nas versões 4×2, 6×2 e 8×2) e de 8 litros (4×2), tendo pacotes de segurança e gestão operacional que proporcionam viagens mais cômodas e eficientes. “Intensificamos nosso plano de produção, com produtos cada vez mais modernos e com alto rendimento. Vamos atender com toda a atenção os nossos clientes que necessitam de veículos de última geração. Destaco, nessa nova plataforma de chassis, a economia de combustível, o longo período de troca de óleo (a partir de 100 mil km), o conforto, a segurança e os sistemas de controle operacional dispostos para o transportador”, afirmou.

Quanto a 2024, no mercado geral, a Volvo espera um crescimento de 20%. Estimativas de negócios, como já dito, com o transporte rodoviário e com os sistemas urbanos, por intermédio da eletromobilidade. As eleições municipais que ocorrerão neste ano podem ser um grande estímulo para o mercado de ônibus. A fabricante anunciou um novo ciclo de investimentos, entre 2023 e 2025, de R$ 1,5 bilhão, como forma de proporcionar inovações, melhores veículos, tecnologia e soluções relacionadas com o transporte.

Imagens – Revista AutoBus e Divulgação

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