O modelo de transporte chamado de BRT (Trânsito Rápido de Ônibus), que conquistou presença em muitas cidades pelo mundo, teve sua gênese na cidade Curitiba, PR, em 1974. Inovador, hoje, os corredores curitibanos transportam 65% dos passageiros do transporte coletivo local, sendo que os ônibus têm conquistado mais velocidade, com os Ligeirões, que têm menos paradas.
O sistema começou com 20 quilômetros de vias para os ônibus, permitindo a redução do tráfego, das emissões poluentes e o aumento da velocidade, se transformando num potencial transformador do transporte público. Hoje, são 84 quilômetros dentro do sistema que se consolidou como exemplo bem-sucedido de transporte de massa entre as alternativas adotadas mundo afora.
O próximo passo será a transição energética do modelo. Segundo a prefeitura curitibana, no primeiro trimestre de 2025 entra em teste o primeiro biarticulado elétrico nos corredores do BRT. Com um investimento de R$ 380 milhões, vindo do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal, a meta é a aquisição de 54 veículos, que estarão em operação já no ano que vem. Os veículos, articulados, devem circular nas linhas Novo Inter 2 (piso alto) e Interbairros II (piso baixo). “O BRT, criado em Curitiba na década de 1970, permanece como uma solução inteligente para os desafios de deslocamento nas cidades, tamanha a transformação que representa. Seu sucesso reflete políticas de prioridade ao transporte coletivo e a constante evolução desse modelo pioneiro. É uma conquista histórica que merece ser celebrada”, disse Angelo Gulin, presidente do Conselho da CWBUS, integrante do ecossistema de inovação de Curitiba na área de mobilidade urbana.
Imagem de Osvaldo Born. Simboliza o primeiro modelo de ônibus biarticulado produzido para Curitiba
Jaime Lerner, Arquiteto e Urbanista com reconhecimento internacional projetou, e designou, o Sistema BRT há 50 anos, para a Cidade Curitiba capital do Estado do Paraná e trabalhou muito para elevar a profissão até sua “partida” em 2021 aos 84 anos.
Bem lembrado, João. Tempos em que o profissionalismo dava as cartas para a otimização.