Dois tipos de propulsão foram abordados pela fabricante sueca, Scania, em seu propósito de promover um transporte livre das emissões poluentes, durante a Busworld 2025. Em seu estande estavam expostos três ônibus, sendo dois elétricos e um com motorização a gás. De acordo com a marca, em tempos de mudanças tecnológicas e incertezas, seus clientes enfrentam uma série de desafios e com um portfólio, agora revitalizado e ampliado, sempre com o apoio da sólida oferta de serviços e soluções, a meta é superar esses desafios.
Em termos de eletrificação, a marca mostrou sua nova plataforma elétrica BEV para aplicações rodoviárias, com modelo de piso alto, e operação urbana ou suburbana, piso baixo. Sua tecnologia foi testada e comprovada, desde os motores até as baterias, interface de carregamento e muito mais, sendo que a plataforma é compatível com uma variedade de carroçarias. Quanto a potência de seus propulsores, ela chega até 330 kW, enquanto a energia instalada é de até 534 kWh (com 480 kWh disponível). Isso também se aplica à capacidade de recarga elétrico, que é de até 325 kW (500 A). No caso do rodoviário, a autonomia pode atingir 600 km.
A fabricante ressalta que desempenha um papel fundamental para viabilizar essa transição energética no transporte com um ecossistema abrangente de serviços de eletrificação, a sua capacidade de fornecer soluções de recargas completas e personalizadas para o cliente, o investimento em sistema inteligente que ajuda o operador a evitar picos de consumo de energia e a manter o desempenho da bateria, o que significa que ele pode se beneficiar de preços previsíveis, total transparência de custos e soluções de pagamento simplificadas.
Tudo isso é complementado pelo serviço Scania Charging Access, de fácil utilização, que disponibiliza aos operadores uma rede crescente de estações de recargas públicas adaptadas para veículos comerciais pesados. “Com o lançamento da nova plataforma BEV de piso alto, a Scania não está, apenas, apresentando seus primeiros ônibus rodoviários elétricos a bateria, mas, também, reforçando a nossa posição como parceira confiável na transição para o transporte sustentável”, afirmou Carl-Johan Lööf, chefe de Gestão de Produtos para Soluções de Transporte de Pessoas da Scania.

Conceito inovador que une o motor de combustão, o elétrico e uma transmissão automatizada para poder proporcionar um transporte rodoviário otimizado
Outra novidade apresentada pela fabricante é a opção híbrida plug-in elétrica (PHEV), uma solução versátil projetada, principalmente, para atender às demandas de operações de longas distâncias, atendendo os requisitos de emissão zero em determinadas áreas de operação, reduzindo drasticamente o consumo de combustível e as emissões, além de aumentar o conforto do motorista e dos passageiros.
Com seu motor elétrico de pequeno porte e a caixa de câmbio powershift de seis marchas, integrados, o PHEV pode operar em quatro modos diferentes: elétrico, híbrido, com sustentação de carga e carregamento forçado. A autonomia elétrica é de até 80 quilômetros com uma única recarga, enquanto a potência elétrica é de 290 quilowatts. “Com esses novos conjuntos propulsores, seremos capazes de fornecer aos operadores de ônibus de longa distância soluções incrivelmente competitivas, independentemente de suas necessidades específicas ou dos desafios específicos que enfrentam, atendendo às suas necessidades comerciais atuais e futuras”, destacou Carl-Johan Lööf.
Além da eletricidade, a marca sueca destacou seu modelo estradeiro equipado com um motor de combustão interna de 13 litros e 410 cv de potência que pode ser movimentado por gás natural liquefeito ou biometano liquefeito, com autonomia de até 1.100 km. Segundo a Scania, seu compromisso com o transporte sustentável de pessoas é acompanhado por propósito em ajudar os clientes a obter o máximo de suas operações.

Propulsão que pode utilizar o gás natural ou o biometano, ambos liquefeitos, para operações estradeiras. A vantagem desse conceito é que a instalação do tanque de combustível não compromete demasiadamente os bagageiros
A revista AutoBus esteve em Bruxelas e pode ver todas as novidades da marca. E, se a pergunta do milhão for: todas essas inovações chegarão ao Brasil? A resposta pode ser: quem sabe, tudo depende da demanda do mercado e como o transporte brasileiro de passageiros entende essas transformações e quais serão os incentivos num momento em que a pegada de carbono deve ser a menor possível.

Um ônibus rodoviário elétrico para rotas em solo britânico
Imagens – Divulgação/Scania e revista AutoBus
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