Um projeto pioneiro da fabricante gaúcha de biocombustíveis, Be8, foi selecionado na Chamada Pública N° 01/2025 do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde no Rio Grande do Sul (H2V-RS) visando a construção de uma fábrica de hidrogênio. Além disso, a empresa recebeu a Licença Prévia de Instalação para Alteração (LPIA n° 00531/2025) da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), sendo que a previsão para início da operação é em 2027.
De acordo com a Be8, o investimento total é de R$ 38,7 milhões, com apoio do governo gaúcho e contrapartida da Be8, com o projeto a ser implantado em Passo Fundo (RS), na mesma área em que avança a nova fábrica de etanol da empresa. Dessa maneira, está prevista a produção de hidrogênio verde e a construção do primeiro posto de abastecimento do País voltado ao abastecimento dos motores de combustão interna de veículos comerciais, utilizando tecnologia de ponta e energia renovável.
Em linhas gerais, o programa gaúcho visa desenvolver a cadeia produtiva, promovendo produção, transmissão, armazenagem e uso do H2V, com foco na transição energética para uma economia de baixo carbono e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas). A iniciativa busca diversificar a matriz energética estadual com fontes renováveis, estimular a inovação tecnológica, atrair investimentos e gerar emprego e renda. “Este projeto reflete a nossa estratégia de ampliar a oferta de soluções para a transição energética e descarbonização. Também, poderemos entender os desafios e oportunidades na prática e, com isso, dar base econômica para o uso em larga escala do hidrogênio. O nosso projeto representa um passo fundamental para tornar o hidrogênio verde uma realidade no transporte pesado”, disse Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8.
Segundo a fabricante gaúcha, o objetivo é testar, em ambiente real, o desempenho, os custos e a viabilidade do hidrogênio verde como alternativa ao diesel, tradicionalmente utilizado no setor de transporte comercial. Outro detalhe é que o projeto busca validar um modelo de negócio inovador, capaz de tornar o hidrogênio competitivo frente aos combustíveis fósseis e os dados coletados servirão de base para o desenvolvimento de uma futura rede de postos de abastecimento de hidrogênio verde, com potencial de replicação em todo o estado e regiões brasileiras.
Hoje, algumas fabricantes mundiais de motores produzem propulsores que são de combustão interna que podem ser abastecidos com esse inovador combustível renovável. A iniciativa gaúcha tende a ser um importante passo para a disseminação das tecnologias alternativas e limpas para o transporte, seja ele coletivo ou de cargas.
Imagem – Divulgação (assinatura para a fábrica de hidrogênio com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite)













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