Levantando a tampa do baú

Em 1950, a marca General Motores apresentou ao mercado brasileiro o seu ônibus ODC

Num tempo em que a madeira era o principal material para a estrutura das carroçarias de ônibus, a General Motors do Brasil inovou ao lançar seu modelo de ônibus 100% metálico. Primeiro foi com uma versão de menor porte, dotado de motor dianteiro, a gasolina, isso em 1948, para uso em áreas urbanas.

Dois anos depois, a montadora, pensando num veículo maior, apresenta o protótipo do que viria ser o ODC 210, versão brasileira equipada com o motor Detroit Diesel 4-71, de 147 cv de potência, localizado na traseira. Assim como o irmão menor, esse ônibus era para os serviços urbanos.

Conforme a peça publicitária do começo da década de 1950, o termo Coach GMB foi aplicado em um veículo que fora concebido pela engenharia local, após longos estudos e pesquisas. Contudo, o chassi e o motor continuavam a ser importados da sede da General Motors, nos EUA.

O nome Chevrolet ou General Motors teve uma estreita identificação com o mercado brasileiro de ônibus, pois desde a sua chegada aqui, em 1925, a fabricante norte-americana dispôs de seus veículos e chassis para serem transformados, visando o transporte de passageiros.

Em 1953, a marca apresenta ao mercado local a versão rodoviária do ODC, que contava com alguns detalhes extras, como diferencial longo, discreto silverside no chapeamento lateral, janelas de correr e poltronas revestidas de couro.

A história da General Motors com seu modelo brasileiro e integral de ônibus não durou mais do que os anos de 1950. Ela não seguiu com o seu projeto para o transporte coletivo na cronologia brasileira do transporte, concentrando-se na produção de caminhões e automóveis.

Imagem – Acervo Tony Belviso

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